E a tal Resiliência?
- Cris Menezes
- 31 de jul. de 2017
- 2 min de leitura

Pesquisando sobre resiliência, termo comumente citado em perfil de vaga de emprego, chego a conclusão que muito se fala e pouco se coloca em prática o significado da palavra. Mas será que realmente sabemos o que é resiliência? E qual o impacto em nossa personalidade e nas ações de nosso dia a dia?
Buscando no Wikipédia resiliência é “um conceito psicológico emprestado da física. É definido como a capacidade do indivíduo em lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas – choque, estresse, etc. – sem entrar em surto psicológico.” Ainda dentro do conceito pesquisado, a Wikipédia apresenta o significado do termo no mundo coorporativo. Job (2003) define a resiliência nas organizações como “uma tomada de decisão quando alguém se depara com um contexto entre tensão do ambiente e a vontade de vencer. Essas decisões propiciam forças na pessoa para enfrentar a adversidade.”
Assim, uma vez entendido o conceito a pergunta é: você já passou por alguma situação em que houve a superação de uma adversidade? Provavelmente sua resposta será positiva. Neste momento o ideal é que você relembre e descreva toda a situação, bem como os passos dados para superá-la. Isso ajudará na identificação de mecanismos que já estão desenvolvidos no indivíduo e que fazem parte de seu perfil de personalidade. De qualquer maneira, independentemente da idade, classe social, contexto, as adversidades fazem parte de nosso processo de desenvolvimento. O que pode ser diferente é a resposta e o grau de controle emocional, de mecanismos internos já desenvolvidos que o indivíduo possui elevando seu nível de amadurecimento para lidar coma adversidade.
Lidar com situações que muitas vezes contradizem nosso jeito de pensar, sentir e ser são comuns e, cada vez mais nosso nível de resiliência é testado. Contudo, percebe-se que o nível de resiliência tem se demonstrado menor do que o considerável normal. Os desafios e adversidades, em sua maioria, são superados de forma agressiva gerando um nível de estresse pouco suportável pelo corpo. Isso gera mais estresse e resoluções de conflitos por “tapas” e, quando não pela imposição do poder.
Nada melhor do que manter a qualidade de vida por meio do desenvolvimento do nível da resiliência. O autoconhecimento e capacitações específicas podem proporcionar um aumento de tal característica.
Para as crianças e adolescentes o papel da família, no período de desenvolvimento é primordial. Oferecer um ambiente estimulante, capaz de suportar positivamente as dificuldades do indivíduo e proporcionar o apoio necessário ao desenvolvimento é fundamental.
Já a escola possui um papel coadjuvante mas essencial, pois é neste ambiente que a criança e o adolescente praticará sua paciência e resiliência diante dos colegas e das atividades que fazem parte de seu dia a dia.
É com o foco no ser humano, em seu desenvolvimento que criaremos uma sociedade melhor, mais paciente e mais resiliente. Capaz de superar desafios de forma equilibrada e justa!
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