ATO VII – OS GENITAIS
- cristiane menezes
- 25 de set. de 2024
- 2 min de leitura

Sabe-se hoje, por meio da análise transgeracional que além das lembranças da infância, nosso corpo também pode registrar memorias e acontecimentos da historia coletiva. Isso pode ser identificado quando uma doença passa de geração em geração. E, em alguns casos, pode ate ultrapassar a família indo em direção ao Universo. Não é novidade a Tabua de Esmeralda, escrita por Hermes Trimegisto. Uma de suas frases mais conhecidas: ¨O que está embaixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o que está embaixo, para realizar os milagres de uma única coisa.¨ Assim, cuidar do corpo é cuidar do universo!
Estudar o corpo não e somente lidar com nossas questões conscientes e inconscientes, mas também entender como a sociedade entende e interpreta seus valores. Nesse caso, em se tratando dos genitais, a sexualidade.
Três aspectos correspondem ao interesse e estudo da Psicologia Analítica: o corpo, a mente e o espirito. Esse é nosso tripé. Quando nos relacionamos com outro ser humano nos relacionamos com esses três aspectos, e isto acontece também no sexo. Somo carregados de informação, de crenças que podem facilitar ou dificultar nosso contato. A área genital continua sendo um importante ponto de convergência dessa energia, sendo uma porta de acesso tanto para o inconsciente pessoal quanto para o inconsciente coletivo.
Precisamos entender como lidamos com nossa sexualidade. Ter clareza daquilo que nos atrai ou causa repulsa e, quais as consequências que isso gera. Vale ressaltar que uma sexualidade saudável, em palavras simples, é aquilo que te faz feliz, que gera prazer, sensação de alivio e saciedade sem causar desconforto. Assim, estudamos o orgasmo e, tudo aquilo que pode impedi-lo.
Os impulsos sexuais e a área genital podem ser associados à energia criativa e ao arquétipo do Grande Mãe ou do Pai Celestial, dependendo de como essa energia é vivenciada pela pessoa. Assim, dificuldades ou traumas relacionados à sexualidade podem ser interpretados como bloqueios na energia vital, refletindo conteúdos inconscientes que precisam ser integrados para que a psique alcance um estado de equilíbrio.
Outro ponto importante diz respeito àquilo que reprimimos ou negamos. Dentro da teoria junguiana chamamos isso de Sombra. E, algumas repressões podem se manifestar da área genital impossibilitando o equilíbrio e, consequentemente, a satisfação sexual.
A repressão sexual ou a vergonha do corpo podem ser vistas como uma negação de partes importantes da psique. A área genital, nesse sentido, torna-se um espaço carregado de tabu, com projeções do inconsciente sobre o desejo, o medo e o poder.
Assim, autoconhecimento e cura também passam pela sexualidade. E aí, como anda a sua sexualidade? O que você sabe sobre você e o que você esconde?
Comentarios